quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Lista de presentes




Este ano, eu quero...

Todo amor correspondido.
Todo sonho realizado.
Todo final feliz.
Todo começo inesperado.

Nenhum motivo para chorar.
Nenhuma razão para desistir.
Nenhum arrependimento para contar.
Nenhuma regra para seguir.

Qualquer abraço sincero.
Qualquer sorriso aberto.
Qualquer carinho generoso.
Qualquer cheirinho gostoso.

E é só!

PS: Fui uma boa menina.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Tanto quanto você

É assim:
Incompleto,
Inconstante,
Insubstituível...

Vir a ser:
Amor,
Amizade,
Paixão
... ou o quê?

Quero você.
Só não basta... querer.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Sem respostas

E se faltarem as palavras?
Um nó apertar a garganta,
Sufocar o coração?

E se as lágrimas não resistirem?
Um impulso subir-lhe o rosto,
Desmoronar o coração?

E se o perdão não for o bastante?
A memória insistir a lembrança,
Machucar o coração?

Alivia,
Resiste,
Restaura,
O coração?

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Digo e repito

Sonha!
Deixa brotar
E florir
A esperança.

Ama!
E permita
Ser amado
De volta.

Vive!
Tenha a ousadia
De fazer cada dia
Uma nova chance.

Não custa!
Tentar.
Reinventar.
Continuar.

domingo, 13 de novembro de 2011

Estudiosa mania de poesia

Adiciona,
Multiplica,
Implica,
E complica
Às vezes...

Fato é que
Estudar pode ser bom...
Mas sem dúvida
É o único caminho possível.

Entrego-me aos livros,
Delicio-me
Ou não... Suporto.
Variáveis sensações,
Como tudo na vida.

Bom humor ajuda.
Por isso, a rima desencontrada,
A imagem entusiasmada,
Entre tantos conceitos,
Teorias e desconhecidos adoráveis.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Atravessando o deserto

Passo a passo
O caminho se faz
Desfaz e refaz...

Verdade alguma existe.
Necessidade insiste!
Serenidade resiste?

Ah... que vazio
De sentido
E sentimento,
Esse lugar...

Mudança tão constante, angustia.
Grandeza tão exuberante, invade.
Escassez tão marcante, silencia.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Criancice

Sua pequenez
É dos maiores atributos!
Que assim vê tudo maior, melhor,
Mais importante e imponente...

Sua inocência
É das mais bonitas qualidades!
Com ela, seu coração
Crédulo, sensível e puro
Consegue captar melhor o mundo.

Sua sinceridade
É de uma nobreza incomparável!
Tanto quanto goste ou concorde
Assim será sua atitude.
Não se engana uma criança...

Celebrar o seu dia
Me faz lembrar o que fui (e sou):
Pequenez, inocência e sinceridade,
Ai que saudade!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Feliz mais um ano de vida!


Vinte e seis...
Primaveras floridas
Verões quentes
Invernos aconchegantes
Outonos reflexivos

Natais em família
Reveillons de promessas
Carnavais festivos
Páscoas achocolatadas

Férias de julho
E novembro, dezembro, janeiro
Feriados de abril, maio, junho,
E setembro, outubro, novembro!

Incontáveis...
Sorrisos abertos
Abraços amorosos
Conselhos sinceros
Olhares cuidadosos

Alegrias genuínas
Tristezas profundas
Lágrimas derramadas
Experiências únicas

Importantes...
Amigos queridos
Amores vividos
Saudades sofridas
Curadas feridas

(Ir)Relevantes...
Cabelinhos brancos
Quilinhos a mais
Marquinhas ali e acolá
Velinhas a soprar!

Me resta celebrar
Cada minuto a mais a viver! 
E viver... viver... VIVER!


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Arte-terapia

Autora da minha vida
Não ousaria ser...
Mas artista!

Que canta, dança,
Emociona, ama,
Interpreta, rima
E pinta!

Com cores suaves...
Desenho um passado distante.
Que quase não marca
Ou mancha.

Com cores alegres,
Imagino o presente:
Laranja, rosa, vermelho e verde.
Flores, amores, paixão e esperança.

Cores novas para o futuro!
Dourado e prata... as bodas.
Preto, da elegância.
Branco, para o eterno recomeço.

A tela quem traz não sou eu.
Que a vida é dádiva entregue em nossa mão,
Nos resta o pincel e a emoção.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Presente de poeta

Reflexo

O oxigênio alimenta a vida.
A flor, para mostrar suas pétalas,
Precisa do sol...
E na terra suas raízes são fincadas.

Como filho suga a vida
No seio da mãe.
Como uma nova cor
Se faz da mistura.
Como céu azul
Mostra as estrelas.

O homem que há em mim
Se anuncia
Por efeito claro, absoluto e definitivo
Pela mulher que há em ti.

Julio Cezar Hubach, me entregou hoje.
E respondo-lhe:

Dois lados

Melhor que inspirar-me
É ser musa
Da tua inspiração.

Se cantar e rimar
Meu amor por você
Já me traz imenso
Prazer...

Sentir-me em
Tão lindos
Pensamentos
E sentimentos...
Deleite.

Reconheço-o,
Meu semelhante:
Poeta, romântico,
Amigo, amante.

domingo, 11 de setembro de 2011

Indescritível

Às vezes...
Simplesmente
Faltam palavras.

Sobram gestos,
Suspiros
Olhares,
Silêncios.

E o amor,
Esse não tem medida.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Cultivar

Com a terra...
Trabalho
Preparo,
Cuidado.

E a semente...
Tempo,
Espera,
Paciência.

Na primavera...
Esplendor,
Cor,
Beija-flor.

E depois deixar...
Folhas,
Vento,
Recomeço.

Mais uma de amor

Falar de amor
Precisa inspirar
Expirar, respirar...
Mas já usei essa metáfora.

Palavras de amor
São perfumes, doces,
Flores, sabores...
E ainda as cores!

Sentir o amor
Na pele arrepia,
No peito taquicardia,
Na alma euforia.

Romance é música
Poesia, conto de fadas,
Mitologia, ficção...
Mas que real seja! Amor...

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Casalzinho

É namoro se...
O cafuné é carinho
O colo é aconchego
O abraço é abrigo
O beijo é delírio

É amor quando...
As mãos se completam
Os olhares se procuram
Os pensamentos se entendem
As almas se desejam

Será futuro caso...
Os dois estejam no mesmo caminho
E permaneçam andando, juntos.



quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Motiva Ação!

Ainda que a chuva insista
E a estrada não acabe mais.
Que tenha obstáculos:
Pontes estreitas, vales íngrimes
Armadilhas escondidas...
Ande.

Se o coração despedaçou
Outra vez
A vida frustrou
Iludiu e decepcionou...
Ame.

A voz pode embargar e engasgar
E a palavra lhe faltar.
Mas para espantar todos os males:
Cante!

Não poupe o mundo
De receber seu melhor:
Independente das circunstâncias,
Um passo a frente!

sábado, 30 de julho de 2011

Para se deliciar


Tem dias que são de se inspirar:
Qualquer coisa serve para emocionar!

Se a chuva cair, basta molhar...
A terra, a folha, o rosto, sei lá!
Se o sol aparecer, basta brilhar!
Iluminar, aquecer e pôr-se a deitar.

Se a brisa soprar, apenas soprar
E os cabelos agitar, a pele arrepiar... bastará.
Se o passarinho voar, cantar e ainda pousar,
Pertinho aqui da janela e ficar...
Nada mais irá impressionar!

É que inspiração na verdade está
No seu jeito particular de experimentar
A vida, as coisas, as pessoas, ser ou estar.
Expire, inspire
O ar, o olhar.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Princesa angustiada

Escolha real

Na dúvida... não!
Será?

Parei na pergunta,
Porque há de se escolher,
E quão difícil é preferir,
Preterir, pretender.

Sapo encantando,
Príncipe enrolado...
Não há nada de certo, errado.
Bom ou mau...
Felizardo!?

Entre amor e carinho
Fico com o respeito.
Entre paixão e calor,
Coração acelerado no peito.
Perna bambeando ou mão suada?
Boca molhada.

Quem me faz bem
E traz felicidade?
Que importa outra coisa além?
Nada, nada.

Não há mais dúvida.
Fui escolhida, tomada,
Desenhada...
Para seu conto de fadas.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Receita da amizade

Ingredientes indispensáveis

Ouvido, ombro,
Sorriso, sonho,
Conselho, colo,
Numa combinação especial.

Essencial em momentos:
Difíceis, para apoiar
Alegres, para desfrutar
Estranhos, para aturar
Incríveis, para celebrar.

Diz o necessário
No lugar do desejável.
Cutuca a fera
Ainda que ferida.
E aguarda a tempestade,
Até o arco-íris chegar.

De contar nos dedos:
A confiança, o respeito,
A tolerância, o afeto.
Amizade é para poucos...
Mas para todos.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

The Gift

Dom de mim

Entrego-me a ti,
Querida!
Verdadeira vocação,
Inspiração,
Rima em  beleza,
Ah... poesia.

De tudo
O que retorna
E me chama
De volta
A mim, a ti, a nós...

Que seja! Que veja!
Que fale! Que valha!
Que me importa
Além de sentir
É permitir...

Exale
Exalte
Expire
Exporte
Explore

Essência.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Jardim envolvente

Cultivar sentimento

Nem toda semente precisa dar frutos,
Algumas só dão flores...
E jardins inteiros se enfeitam por elas!
Pássaros e insetos se dedicam a cuidá-las.
Homens, mulheres, crianças e todo ser
Curvam-se a admirá-las, cheirá-las e podá-las, até.

Então... há que se esperar o inevitável!
Entender as entrelinhas do discurso.
Manter a ordem,
Ainda que perdendo o curso.

Afinal, a questão é sempre a mesma:
Amar não precisa prender,
Amor não precisa romance,
Amigo também ama e deseja
A presença, o carinho, a companhia
E pedir mais, para quê?

Não perceber os sinais,
Além de insensbilidade é tolice.
Afasta-se para se manter próximo.
Observa e respeita, assim permanece...
Em sua vida. Sem você.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Transitando

Pela estrada afora

Na pressa de dizer
A pressão e a impressão
No tropeço me arremesso!

E nada cresço
Ou acrescento:
Sequer um lamento,
Um tormento
Ou sentimento...

Entre avenidas e ruas,
Expresso.
Tráfego intenso!

Mais algumas palavras
Que podiam ficar,
Mas fizeram questão
De extravasar!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Poesia às pressas

Que falta ainda

Quero nunca mais querer
Nunca mais sofrer
Nunca mais dizer
Sem ninguém ouvir.

E se puder ainda
Viver e mais viver
Sentir e sorrir
A cada dia que está por vir.

Tudo que peço
É um pouco de ilusão
Para que nada mais
Seja em vão!

Nem eu, nem você
Tampouco nós dois.
Juntos até poderíamos ser
Uma história, um casal, uma revolução.
Ou quem sabe não.

sábado, 11 de junho de 2011

Duas faces da mesma

Bipolar

Com você percebi
Que posso ser casual,
Que sequer esperaria um telefonema matinal,
Que o corpo pode ser usado,
Abusado, lambuzado,
E há muitos prazeres nisso também.

Sem você entendi
Que meu coração não está descolado
E minha cabeça desencanada.
E senti a falta, a ausência,
Quase como desejei cada toque e olhar.

Por você regredi
E progredi, talvez, um pouco.
Fui ao limite do descontrole
E voltei ao extremo da razão total.
Dois pólos... bate, volta,
Entra, sai, mas não encaixa.

Através de mim
Pude ver que nada teve a ver com você.
Mas o tempo todo fui eu,
Sou eu, vivo eu, sinto eu, erro e acerto eu.
Orbitando só em torno de mim.
Giro, giro, giro,
Sem ida, nem volta.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Presente do namorado

Lista de pedidos
Abraça meu corpo
Como quem não vai embora.
Segura minhas mãos
E não solte mais.

Olhe meus olhos
Procurando minha alma por trás
Pela frente
E pelos lados.

Fica aqui perto
Afaga e acalma meu peito.
Mas não completa nada não
Seja o que for, seja.

Quero tanta coisa
Em um só ser
Que se for mesmo você
É capaz de não querer.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Son-h-o

Sem dormir

Quem sabe sonhar
Seja apenas um exercício
De ilusão e imaginação?

Quem sabe sonhar
Poderia até ver
Um mundo melhor
De possibilidades...

Quem sabe sonhar,
Afinal?

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Ilumina ação

Fresta aberta


Se a verdade dói
O que a mentira não causa?
E se mais vale um acaso
Que duas promessas vãs...
Como escolher?

Viver não é fácil
E isso não é novidade.
Mas sentir é ainda mais difícil.
Esconder, aprisionar, endurecer...
Sempre o caminho mais curto
Para não sofrer.

Sei não...
Chorar pode fazer extravasar,
Desmoronar o muro de medos,
Limites e feridas mal curadas.
E criar uma porta ou janela:
Para luz entrar.

E transformar cores pastéis
Em cintilantes, vivas e alegres!
O poder do brilho:
Do olhar, do sorriso, dos sentidos,
Quero perceber de novo.

E correr os riscos todos.
De encantar, apaixonar, entregar,
Decepcionar, frustrar, magoar,
Ou não.
Como saber, afinal?
Só conhecer.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Enfim só

Desencontro

Quero e desejo
Seu anseio.
Mas de mim
Só necessita o beijo...

Imagino um futuro
E um presente!
Mas a ti,
Basta esse instante.

Que fazer
Com tamanha diferença?
Desistir, aproveitar,
Permirtir, sei lá...

Sem resposta,
Melhor seguir
Sem nada ou ninguém
Esperar.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Sem trava

Comanda o salão

Em suas mãos quero sentir
Meu corpo leve, solto...
Balançar suave.

Sobe, desce,
Gira, arremessa,
Encontra e desencontra.

Qualquer que seja
O tom, o som, a marcação
Domina, indica a condução.

Sem sobressalto,
Devagar... que é para não se cansar,
Só dançar e dançar e dançar...

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Take a chance

First time

I just don't know
How to tell you my fellings
And thoughts...

The heart still beating
Like these beautiful waves
Keep trying... falling...
Not in love, please.

But something is happening:
The sky is so blue,
And the weather is so great!

Maybe it was the first time
I saw gentle and green eyes
Mixed with soft hands
And incredible kiss...
As a real man must be.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Palavras não explicam

Atrevimento próprio

Esse pequeno pássaro
Livre pelos ares...
Pena, cor e movimento.

Viaja alto,
Voa para longe.
Visita o ninho,
Vez em quando...
Mas fica pouco.

O que te anseia
É a liberdade!
A novidade!
A brevidade!

O que te espera
É o mundo...
Em beleza e tristeza,
Tudo que couber na bagagem.

Pássaro meu,
Asas abertas,
Vá onde quiser e puder!
Mas atende quando lhe chamar:
Pensamento.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Uma pedra, afinal

Intensa ternura
Um diamante delicado,
Brilhante e precioso...
Das pedras a mais dura.
Tanto encanta quanto fura.

A fragilidade aparente
É um artifício para seduzir.
Sua força escondida
Traz o verdadeiro valor.

Não se engane
Com sua beleza e transparência.
Aparências assim nos arrebatam,
Mas iludem... e arrasam.

sábado, 16 de abril de 2011

Ame-a ou deixe-o

Colonizador da imaginação

Faça-me o favor:
Saia do meu pensamento.
Peço com gentileza e educação:
Pegue todo seu charme,
Sua história, seu encanto
E vá embora. Agora.

Tenho pouco tempo
E não sei lidar com invasão.
Além do mais,
Não posso deixar ficar.

Logo descobriria um lugar
Ainda melhor,
Com vista para o mar,
Cheiro de chuva
E noite de lua...

Meu bem, acredite,
Iria querer morar,
Explorar, descobrir,
Mas já aviso:
Não vou permitir.
Tranquei a porta
Do meu coração.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Desvirtuar

Chat-ear

Rede de afetos,
Laços forjados,
Fluidez virtual:
De olhares
E contatos irreais.

Presa numa teia
Mal construída
E elaborada ao acaso.
Vítima de arriscar-se
Numa exposição sem medida.

Ah... a tal da modernidade!
Que aproxima mundos,
Constrói ferramentas,
Destrói limites.

E de tudo...
Leva e traz
Você.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Inspiração líquida

Ao encontro de si

O que fazer
Com essa enxurrada
Que veio afogar-me?

Esse descontrole
Tão sedutor!
Que me inunda e derrama
Em idéias, sensações,
Palavras, figuras...

Para que lado guiar
Tão poderosas águas?
Represar ou deixar jorrar?
Decidir, rimar, reinventar.

terça-feira, 15 de março de 2011

Em órbita

Satélite meu
Tenho a lua como companhia.
Lado a lado, segue meu caminho.
Ilumina a estrada sob meus pés.
Acende os desejos, relembra momentos.

Impõe sua presença,
Delata minha insignificância,
E mistura um pouco de romance
Com saudosa melancolia.

Fria, distante, alva e grandiosa,
Tenta aquecer essa noite,
Para que as desilusões pareçam menores
E os amores mais importantes.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Não tem segredo

Decifra-me

Eu o desafio...
Leia o caos em meu rosto,
Interprete minha alma,
Explique meus sentimentos.

Em troca,
Daria-te a vida:
Minha lealdade infinita.

No entanto, peço apenas
Que suporte nada entender
E aceita-me.
Recorrendo ao velho clichê:
Respeita-me.

E me deixa ser o que não sei.

Se não for demais, me ame.
Posso entregar-me inteira:
Segredos, sorrisos e beijos.
Amar você.
E se preciso for,
Esquecer.

sábado, 12 de março de 2011

O que há

Aqui e ali

Estou a procura
De não saber.
A perigo
De um dia encontrar.
A deriva
Para não afogar
Mágoas e lembranças.

Nesse pé que está
Que mais pode acontecer
E surpreender?

Tudo ou nada,
Mas algum.
Apareça e aconteça.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Ao sabor do vento

Ah! Loucura

O maior risco
Que se corre nessa vida
É o de perder-se
Em si mesmo.

Estranhar
E entranhar
Seus pensamentos...

De tal maneira
Que não se saberá
Onde começa você
E onde isso acabará.

A lucidez completa,
A insensatez absoluta,
A certeza de todas as coisas,
E o vazio mais profundo.

A mais temida
Dentre os desconhecidos.
Supera o medo,
A solidão,
A morte, até!

Essa inacabável
E aparente alegria
Sem medida,
Sem motivo...
Nos deixa tão desconsertados,
E sem conserto.

Que preferem endurecer,
Controlar e desaparecer,
Que se render e enlouquecer.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Auto-Escola

Primeira lição

Me ensina a viver
Com a insuportável
Certeza de ser livre.

Qual o segredo
Para escolher,
Errar, arrepender,
Aprender?

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Perfeição inconstante

À beira da praia

Feito onda do mar,
Torna e retorna,
Pensamento a vagar.

Sem urgir
Tampouco esperar,
Desejo sempre vem
Espreitar.

Nem bem sei
O que vim falar.
Se do mar,
Se de mim,
Ou de amar...

Percebi que é assim:
Como aquele que procura
A onda perfeita passar.

Por mais que se conheça o mar...
Jamais irá alcançar.
Resta mergulhar, aproveitar,
Cada onda que chegar.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Aula de direção

Aprendendo a andar

Sigo adiante
Sem ter aonde ir.
Ando em círculos
Só para aprender a caminhar.

Se encontro obstáculo,
Enfrento ou desvio?

Pouco importa o destino.
Desejo mesmo a estrada,
As incertezas e surpresas
No caminho.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Coisa de criança

Brincar de crescer

Subir uma árvore
É uma grande aventura
Ou dá medo de altura?

Cair de bicicleta
É a maior dor do mundo!
A cicatriz se forma
E nem lembra o tombo.

Comer doce fora de hora...
Ah... O desejo mais puro!
A bronca até vale a pena.

Tudo é muito grande,
Muito distante,
Muito difícil,
E tão fácil! E simples...

A gente não pode fazer nada!
Mas pode ser tudo:
Super-herói,
Princesa encantada,
Qualquer animal,
Vegetal ou sideral.

Quando a gente é pequeno
Tudo que se quer é ser grande.
Bobagem maior não poderia haver
De todas aquelas que se pode fazer.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Vítima de amar

Incurável

Não tem jeito!
Fui mordida
Por aquele vampiro
Imortal e sensível
Chamado Romance.

Não há antídoto
Não há volta
Não há estaca
Nem magia...

Que me devolva
A feliz,
Irresponsável,
E leve sensação:

De maltratar corações,
Ignorar emoções,
Viver paixões,
Sem importar a quem.

Agora e para sempre,
Vou ter que suportar
Amar sem ser amada,
Esperar sem saber,
Sobreviver.

E nesse caminho infindável
Quem sabe encontrar
Um outro romântico incontrolável
Para comigo dividir
O doce veneno de saber amar.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Fantasia ao avesso

Despertar da princesa

Tantas noites sonhei com você:
Num cavalo branco,
Espada em riste!
A salvar-me das decepções
Dessa vida desencantada.

Imagina que me faltava ver
Que a torre se ergueu
Para você, príncipe...

E um dragão feio e tolo
Tem guardada a chave
De um triste e aflito coração.

O que faria para salvá-lo
Desse feitiço amaldiçoado?
Como venceria todas as grades,
Cercas e limites que impuseram-lhe?

Sob efeito de um doce beijo
Enfim, então, acordaríamos?
Para a eterna e estranha
Felicidade.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Peço quase nada

Em meu favor

Brisa fresca,
Lambe-me o rosto.
Sol da manhã,
Beija-me o corpo.
Chuva fina,
Molha-me a alma.
Arco-íris,
Encanta-me o coração.

Atende meu pedido?
É que eu necessito esse afago,
Preciso mesmo desse carinho.
Queria tanto essa companhia.
Estava aqui... sozinho.

Angústia pura

Fingidor

Tem dias que são cinza
Não importa o sol
Ou a lua.
As músicas são tristes.
As rosas, só espinhos.

Tem dias que
É melhor não acordar,
Nem enfrentar,
Ou se mostrar.

E não há nada que o faça
Arco-íris pintar,
Criança sorrir,
Passarinho cantar.

Cego de dor,
Sofrimento é senhor.
Só lhe resta esperar...
Passar.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Chuvas que verão

Nuvens de algodão

Gotejam
Pequenos e sinceros
Inspiração
Em singelos e modestos
Pingos.

Aos poucos,
Sem medir
Ou planejar.

Bate à porta
Espera pouco
E já foge
Sem avisar.

Quase não a vejo
Por aqui
Nos últimos dias.
Por que será?

Amor,
Esperança,
Fé...
Razão!

Se pinga
Ou respinga
Em mim,
Aproveito seu frescor
Espreguiço-me
E me deixo molhar.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Tempo a perder

Vida a seguir

Inevitavelmente
O tempo e a distância
Afastam as pessoas,
Esfriam relações,
Curam feridas,
Murcham amores.

Sem perceber
Novas marcas se formam,
Cicatrizes se fecham,
Devaneios se perdem.

Se notar e anotar,
Verão surgir novos sonhos,
Superar velhos medos,
Alcançar outras metas.

Tempo amigo,
Distância querida,
Levam-me os anéis,
Resta-me a vida.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Irromper muralhas

Resistível

Esperança, não vá!
Espera mais um pouco...
Recupera o fôlego,
A força, a cor.

Me convence
Do impossível,
Me aponta
O invisível.

Só você é capaz
De mover montanhas,
Comover corações,
Remover dores.

Fica por aqui
Por perto,
Enquanto o medo não vem...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Acima de todas as coisas

Primeiro amor

Só o Amor Divino
É pleno, altruísta,
Digno de admiração e louvor.
Nada mais importa
A quem crê na única verdade.

Só a Palavra que cura e liberta.
A Paz que aquieta e restaura.
O Espírito que aviva e fortalece.

Aceita, Senhor, minha gratidão
Em verso e oração.
Acalenta meu coração,
Que só em Ti descansa.