sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Fim de tudo

Neste fim de ano...
Troco saudades por abraços.
Troco sorrisos por conversas.
Troco olhares por beijos.
Troco sonhos por conquistas.
Troco lembranças por histórias.
Troco finais por recomeços.

Neste fim de mundo...
Quero mais é que tudo acabe.
Quero mais é que se renove.
Quero mais é que signifique algo.
Quero mais é um terremoto, um tsunami
De emoções, de atitudes, de pensamentos, tudo novo.

Neste fim de túnel...
Haja luz.
Haja estrada.
Haja expectativa.
Aja!

sábado, 3 de novembro de 2012

On/Off Myself

Queria saber, como faz?
Para ser alegre todo dia.
Para sempre ter inspiração.
Para apaixonar por quem quiser.
Para achar arco-íris em dia de chuva.

Qual o segredo?
Para não ter segredos.
Para não ter problemas.
Para não ter decepções.
Para não ter e não sentir falta.

Preciso só saber...
Alguém consegue?
E se não consegue, por que eu tenho que...
Por que eu tenho que querer?

Onde fica meu botão?
Que liga e desliga minha vontade.
Que acende e apaga meu desejo.
Que diz sim e não, sem pensar.

Talvez, não sei...
Hesito e resisto demais.
Evito e não ligo.
Quer saber?
Não quero mais saber.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Uma carta para Setembro

Setembro, que bom que veio!
Sem você o ano não é o mesmo.
Trouxe a Primavera?
E como estarão as flores desta vez?
Que sejam lindas como sempre!
Os pássaros já esperam para beijá-las.
As borboletas pintaram-se como nunca para alegrar seus dias!
Todos aguardavam ansiosos sua chegada.
Agosto é aquela esquisitice de sempre, você bem sabe.
Não se decide pelo frio ou pelo calor.
Fica tentando fazer as vontades de todos, coitado.
E morre sempre pelo desgosto.
Junho e Julho são muito frios. E aborrecidos.
Maio é bonito, mas não como você.
Abril, às vezes é bom, outras não.
Se garante com os feriados!
Março é aquela chuvarada sem fim.
Não sei o que há. Não segura uma gota na nuvem!
Fevereiro é uma festa. Pudera, o carnaval é quase o mês todo!
Janeiro é aquele calor, as férias, as promessas de dias melhores.
O mês da esperança e da alegria.
Mas não da beleza. Como você!
Dezembro não conta, né? Competir com Natal é dureza.
As crianças sempre vão preferir os presentes... Eu não.
Outubro e Novembro sequer são lembrados.
Porque a Primavera, começa com você.
E a gente fica bobo olhando os dias lindos passarem.
E quando nos damos conta, já é Dezembro!
E vamos nós, é verão e o ano novo já vem.
Viu, bem, Setembro, como você faz diferença?
Estou grata com sua chegada, já está tudo arrumado.
Faça sua parte. E comece o espetáculo!

PS: Capricha no dia 27? Obrigada.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Digit-Ação

O mundo à disposição...
Para quê a espera?
Um coração.

E quem sabe dizer?
Se não sentir...
Se não tiver
Uma emoção.

A vida sem batidas,
Sem ferida,
Sem saída,
Sem razão!

Esvazia...
Cheia de informação.
Entedia
Cheia de opção.


quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Batom novo?

Mulher quando precisa mudar...
Começa por fora! Pára pra ver.
Corole as unhas, os lábios, os cabelos.
E o jeito das roupas, os sapatos, os brincos...
Troca-troca. Tira-e-bota.
E se precisar: as músicas, os livros, até o perfume...
Vai tudo... ficando diferente.

Até que chega!
E chega onde tem que chegar.
Mudam os pensamentos.
As atitudes.
E os sentimentos...

É só reparar.
A natureza tem seus cliclos?
Assim também é a mulher.
Cada uma tem sua razão.
Para iniciar e terminar.

Um número: na balança, no calendário, no saldo bancário.
Uma palavra: do médico, do professor, da mãe, da amiga, ou dele!
Um olhar, um gesto, uma coisa qualquer... ou a falta.

Acontece. E pronto.
A mudança começa.
E só pára quando alcança.
Ou cansa.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Linhas de frente

Não me deixe...
Com uma folha em branco
E qualquer coisa que possa rabiscar.
Porque elas parecem brotar!

Se faltarem rimas e verbos,
Sobrarão flores, borboletas,
Estrelas, corações, pássaros...
Qualquer beleza que significar.

No papel está a vida,
Liberdade, fantasia...
Música e poesia.
Como não entregar?
Razão, sentimento, a si mesma...
Tudo, tudo.
Só saber encontrar.



sexta-feira, 6 de julho de 2012

Um conto de fatos

Cena de sonho,
Ou de cinema...
Era uma vez,
meu poema.

Olhos nos olhos,
Rodopia, desequilibrada,
Toma nos braços...
Encantada!

Trilha sonora de romance.
Baila todo o salão...
Em cada toque,
Inspiração.

Ilusão desta noite,
Que adormeci sem carinho.
E se as estrelas nos vissem?
Eu acordei... sozinha.


segunda-feira, 25 de junho de 2012

Sopro de ar quente

Instiga e arrepia.
Confunde e surpreende.
Entorna e invade.

Emoção não controla.
Razão não entende.
Coração só. Só.

O que foi?
Nada demais.
Suficiente!
Abrindo de novo.

Quero diferente.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Passa-tempo

Tic-tac... Tic-tac... Tic-tac...

A semente brota.
O fruto cai.
As ondas vêm, sempre voltam.
O sol nasce, se põe. Renasce.
A lua cresce. Mingua. Renova.
A Terra gira. Universo expande.

O embrião cresce. Vira criança, vira gente.
Os cabelos caem. Renascem, esbranquiçados.
As lágrimas umedecem. Olhos, rosto, boca, chão.
O coração bate, acelera, acalma. Pára.
A vida avança. E regride.

Os dias são únicos. Todos. Nunca retornam.
Mas os momentos... esses repetem!
Toda primavera tem flor.
Todo inverno tem meia, cachecol, casaco.
Todo verão é tudo de bom.
E todo outono é preparação!

E que a vida seja repetição...
Todo beijo: sabor.
Todo abraço: calor.
Todo sorriso: frescor. De alegria.
Ainda que sobrem aniversários, rugas...
Enquanto espero.


sábado, 12 de maio de 2012

Desde pequena...

Se eu tivesse que definir,
Diria que ser grande é...

Saber do que se tem medo,
Esconder algum segredo.
Sorrir sem medidas!
Curar suas feridas...

Cultivar um olhar profundo.
Ter seu próprio mundo!
Viver, reviver, sobreviver...
Cantar e encantar.

Mais que tudo:
Ser grande é reconhecer-se pequeno.
Indiscutivelmente minúsculo
Diante da Grandeza Suprema.
E buscar alcançá-la!
Mesmo que com passos miúdos, distantes...

Ser grande, nunca será,
Mas indo, acaba sendo,
Chegando lá... como há de ser?



quarta-feira, 25 de abril de 2012

Beija a flor

Conjugar suavidade e ternura
Com tristeza e amargura...
Isso é perfeição.
Que não há vida plena
Sem algum dilema
Que o valha!
Que o falha...

Rosa vermelha
De perfume, maciez
E espinhos.
Protege-se..
Mantém afastado... o olhar.

A uma distância que encanta
E seduz e atrai e captura,
Mas espeta e repreende.
Se não há muros ou portas,
O limite se faz, como poda.

E respeite sua natureza,
Entenda sua delicadeza,
Até sua aspereza...
Cultive e admire
O jardim.
Admita pássaros e borboletas,
E terá sua beleza
Em flor, cor,
Amor, enfim.



terça-feira, 3 de abril de 2012

Livro aberto

Não julgue um livro APENAS pela capa.
É aconselhável, ao menos, que se folheie superficialmente.
E se puder, antes de decidir levar...
Que se analise os títulos, os capítulos, seus principais temas.
Bom mesmo seria ler o prefácio, ver o que alguém deixou registrado, sobre ele.
Além disso, pedir referência. Referência é sempre bom. Indicação.

E se for pensar bem, os melhores clássicos, não tiveram nada além de uma capa forte!
Não necessariamente bela, mas suficientemente resistente ao tempo, para que durasse.
E o que se espera de algo que possui um conteúdo interessante?
Que permaneça, prolongue, eternize, se for...

Um livro a gente julga pelo meio. Pelo recheio.
Pelo que envolve, toca.
Ou pelo que agrega, acrescenta.
Ou ainda pelo que instiga, incomoda.
Não importa o que faz, desde que faça diferença.
Sendo assim, que a capa seja boa.
E que dentro seja absolutamente encantador!
Ou nem a estante terá lugar para ele.

E não era de livro que eu dizia...



quinta-feira, 29 de março de 2012

Rei e Rainha

O Sol tem uma história de amor...

Engana-se quem acha que sua musa é a Lua.
Não, não. A lua é uma admiradora do Sol, vive iluminada com seu brilho.
Mas ele mesmo pouco se esforça para encontrá-la.
E só a ilumina de longe.

Também não são as Montanhas suas namoradas.
Com as montanhas ele gosta de brincar!
É pura diversão!! Esconde-esconde o dia todo!

As Nuvens... elas são colegas de trabalho!
Ele passa o dia todo com elas.
Algumas vezes mais. Outras menos.
Elas o auxiliam na tarefa de manter o dia iluminado e aquecido.

As flores, as árvores, todos os animais... a Mãe natureza!?
Sua melhor amiga. Com ela ele pode ser quem ele é.
Sua presença é essencial para que tudo fique bem com ela.
Mas se faltar... ela sobrevive por meses...
Em alguns lugares ele demora muito a aparecer! E tudo bem.

O grande amor do Sol... é a Praia!
É com ela que ele precisa estar em todo seu esplendor! Mesmo à distância...
E quando o dia acaba, é no frescor de suas águas que ele vai repousar.
Onde passa a noite inteira descansando... Aconchegado, aninhado...
Para que quando o novo dia chegar, ele possa levantar, cedinho...
Rei do dia... ir trabalhar!





sábado, 17 de março de 2012

Samba meu

É tristeza. É alegria.
É amor. É desilusão.
É filho. É mãe. É pai.
É vida. É morte.
É saudade.
É show. É qualquer...
Qualquer lua, qualquer sol, qualquer chuva, qualquer mar.
Tudo é motivo! E inspiração...
Pra cantar, pra compor. Pra sambar.

Bota na ponta do lápis,
Na ponta do pé... e quero ver contar.
Quanto samba tem pra dançar.
Quanta dança tem pra inventar.

Se quer saber... quero só batucar.
E sentir o batuque esquentar
O corpo e suar... Soar.
Deixe esse som invadir.
E não deixa o samba morrer.
Que o show tem que continuar!




quinta-feira, 15 de março de 2012

Pode deixar ir

Não há que me pedir para dizer o que preciso fazer.
Sei disso. E daquilo. E daquilo outro.
Se não faço não é por falta de saber. Esse mal não me aflige.
São outros os males... Nem são tantos assim... É bom que se diga!
Não é uma questão de quantidade, mas de intensidade.
Se muito amor, muita dor.
Se pouca verdade, pouca profundidade.
Se grande expectativa, tamanha frustração.

Ainda assim, conselho se fosse bom a gente ouvia.
E eu ouço... Se a orientação é parar de sofrer, obedeço já.
Palavra de ordem: do que me prende, desapegar!



sexta-feira, 9 de março de 2012

Tenho a minha receita também!

Todo mundo tem sua receita própria de felicidade, realização e plenitude. Experimente pedir um conselho num momento difícil, e surgirão milhares e milhares de dicas, boas, infalíveis, de como resolver, como sair dessa, como superar, como viver bem, afinal. É claro, uma boa receita é aquela que serve para todos, menos para si mesmo. Certo? Pois a pessoa que nos ensina a viver nem sempre é um modelo de conduta a seguir. O bom e velho "faça o que eu digo, não faça o que eu faço"... Sendo assim, começo a pensar que as pessoas que mais falam sobre como viver são as que menos devemos ouvir. As que mostram como viver (sem nos alertar de que estão fazendo isso), essas sim, devemos observar e talvez, até copiar. Não sei você, mas eu prefiro seguir exemplo do que receita. É simples... Bom, na verdade não. Porque uma receita vem com tudo explicadinho desde os ingredientes até o modo de fazer. E o exemplo... esse requer muita observação, muita atenção, muita sensibilidade... e corre-se sempre o risco de não saber de tudo, não ver tudo, muito menos entender tudo. Ainda assim, obedecendo a minha própria contradição:

Receita (própria) de Felicidade

Passo 1: 
Adquirir os Ingredientes
* Família, mesmo que em pedaços
* Amigos, escolha os bons, firmes e maduros, que durarão mais
* Amores, experimente alguns sabores antes de decidir por um
* Trabalho, algo que desafie e surpreenda
* Crença, é fundamental, não esqueça dela
* Valores, vá acrescentando aos poucos, sempre mais e mais

Passo 2: 
Modo de Preparo
Se conseguir juntar todos os ingredientes, o que já será bem difícil, misture tudo. Mas, cuidado, com a proporção de cada um na receita. Descubra qual o ingrediente dará a liga para a massa e capriche na escolha dele. Qual dará a fofura? Qual dará a doçura? Isso tudo é importante para a finalização!

Passo 3: 
Colocar a Cobertura
É opcional, mas há quem diga que é a melhor parte. Então, fique atento às suas necessidades e resolva como fazer. Sugestão do chef, escolha pelo menos três dos itens abaixo e regue toda a massa ainda quente, para que penetre e umedeça:
* Fazer trabalho voluntário
* Viagens para lugares que não conheça 
* Viagens para lugares que já conheça e adore
* Fazer aulas e cursos de coisas que dão nada além de prazer 
* Cuidados pessoais de saúde e beleza * Praticar um esporte
* Ouvir música * Ler livros * Ver filmes * Fazer passeios ao ar livre
* Brincar com crianças, sejam filhos, primos, sobrinhos
* Ter um animal de estimação * Colecionar alguma coisa
* Escrever * Pintar * Tocar um instrumento * Dançar

Tempo de preparo: toda a vida.
Serve para quantas pessoas quiser.
Importante: não esqueça de tirar fotografias do resultado e exibi-las se for repassar a receita!




segunda-feira, 5 de março de 2012

Pausa para uma prosa

Ah que necessidade urgente de falar. Falar qualquer coisa. De qualquer forma. Sem grandes combinações de palavras e significados, rimas boas ou tolas. É que escrever assim, sem medida, me parece mesmo de uma simplicidade que emociona menos. Mas hoje não quero emocionar nada. Então, pausa. Vamos em prosa, que de poesia temos aos quilos, litros, metros. Quilos de flores, litros de lágrimas, metros de estrada. Entre outras tantas. Ah, mas que liberdade é essa que o parágrafo tem que o verso nunca me deu? Ora essa, se o verso nem ponto precisa ter no final, nem sentido completo precisa fazer afinal! Mas posso me espreguiçar tão bem entre um período e outro que quase me rendo e concordo: a prosa tem lá seu valor! E para rimar não precisa poesia, para emocionar não precisa simetria, vamos nessa onda seguir... sem guia. Solta, solta (percebeu a abertura do O na segunda? diga sólta!) Oba! Vambora. Prosa. É conversa. Sem interlocutor, eu sei. Ou não, que estando aqui terá quantos couberem e vierem. Já me justifiquei, vamos parar de fugir e entrar no tema. Não temas. A vida segue e é preciso muita arte, muita firula, muita gracinha, muito sorriso, muito pretexto, para não sucumbir à monotonia, ao tédio, à solidão e à tristeza. Sei disso, então enfeito. Coloco efeito. E vai ver por isso prefiro outro jeito. Entendeu? Vou e volto, a síntese corre e escorre pelas mãos, pelo texto, pelo visto. Ora essa, de quê quero tanto falar? Me engasga a garganta aquela última palavra ouvida. Me engasga a ponto de senti-la voltar. Mas não há como dizê-la novamente. Porque não foi a minha voz que ouvi. Mas a sua. E por isso ela apenas vem na ânsia de ser regurgitada e sufoca. Se não posso ouvi-la, respondo-a: cuidarei de mim. Claro que sim. Será mais leve sem remorsos e erros não cometidos. Será mais difícil sem ombros e ouvidos. Será mais fácil sem tanta vida mais pra contar. Será mais estranho sem você para acompanhar. Será? Como tudo nessa vida, o texto também termina. Mas tenho respeito por quem chegou até aqui comigo. E não teria coragem de simplesmente acabar. Será?

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Fogo e artifício

Fagulha qualquer
É suficiente...
Quente, acende
Chama!

Mas para que mantenha
A chama, a cama, a mesa
Precisa muita lenha
E tamanha destreza.

Quem me dera fosse
Lenha, carvão, gasolina
Combustível para o fogo
Além de estopim.

Inicia e afasta
Não assopra
Nem sustenta
Abandona, apenas...
E apaga.


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Muda-se!

Pequeninas novidades
Têm o poder de desencadear
Grandiosos acontecimentos...
Ou, quem sabe,
Apenas um frescor diferente.

Se não for melhor,
Certamente será outro.
Talvez nem se compare.

O problema da mudança
É só, e fatal se for,
O medo, a insegurança.
Que acostuma, habitua,
Paralisa, conforma.

Há de se entregar!
Arriscar novos passos,
Novos calçados,
Novos caminhos, até.
Que o horizonte há de esperar,
Sem impor a estrada a tomar.


domingo, 1 de janeiro de 2012

Desafio lançado

Novas formas
De viver, sentir, sonhar
É o que se diz: Recomeçar.

Promessas,
Previsões,
Feitiços,
Nada disso.
O que se pode fazer
É reinventar!

Abrir champagnes, e portas!
Abraçar amigos, e oportunidades.
Acender velas, e o amor...
Alimentar o corpo, e o espírito.

Ao que vai: muito obrigado.
Ao que vem... surpreenda!